Eu quero a fúria dos céus,
O ardor dos infernos de Dante,
o caos do mundo e seus gigantes
cheios de faces macilentas.
Quero o aroma úmido das tormentas,
sem esperança de bonança.
Quero o poeirento deserto dos cômodos vazios,
os olhos inertes, cheios de dor,
o sabor acre na boca, todo seu amargor.
Vou olhar, de longe, o fogo arder, se espalhar
e, quando não houver mais nada para queimar
voltarei a caminhar, com o corpo febril,
as mãos suadas e a mente em total descontrole.
texto de Dimitry Uziel
arte: La diosa de la tormenta, de J. R. Rey
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