quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A insônia nos faz passear por distantes ruas desconhecidas. Ela nos faz apreciar sutis e rápidos aromas de lembranças recônditas no lado mais escuro da memória.  Uma parede branca se constrói, nela criamos um mundo espetacular que nunca mereceremos. Que nunca vislumbraremos; Um enorme quadro em branco que nunca sentirá o toque de um pincel.
Cigarros, fumaça, grandes olhos na janela dos dias, dos meses, dos anos onde não nos reconheceremos. Nunca mais olharemos no espelho com os mesmos olhos. E, se ao raiar do sol, ainda estiver aqui, eu não sentirei a leveza do que deixei de ser para estar onde estou.
A neblina produzida por minha vontade, não é meu consolo... muito menos meu paraíso.