quinta-feira, 16 de dezembro de 2010


Após enquadrar todo tipo de comércio ambulante por São Paulo, a prefeitura do estado e a polícia militar numa ação rotulada "operação delegada" (dezembro de 2009),  agora vem no forte intuito de banir astistas de rua que atuam em toda a região da Av. Paulista, alegando que estas manifestações artísticas também se enquadram nas irregularidades de comércio ilegal.
Como toda ação é seguida por uma reação... Uma manifestação artística pacífica foi proposta por Silvia Leblon, (Grupo IVO 60/MOVIMENTO PALHAÇADA) pelo direito CONSTITUCIONAL de fazer arte nas ruas e de passar o chapéu - porque gorjeta não é comércio, é doação! -, contra a "Operação Delegada" da Prefeitura e Polícia Militar de São Paulo, que inibe, proíbe e expulsa os artistas.

20 de dezembro de 2010, às 12h00
O cortejo sairá do MASP, seguirá até a esquina com a rua AUGUSTA, atravessará a avenida e voltará pela calçada do CONJUNTO NACIONAL até a altura da Gazeta, atravessará novamente a avenida e seguirá pela calçada de volta ao Masp.
Durante o cortejo, alguns artistas coletarão assinaturas da população em apoio à causa dos artistas de rua e distribuirão panfletos com os dizeres: EU APÓIO OS ARTISTAS DE RUA!
Todo o percurso será feito pelas calçadas sem intervir no fluxo de trânsito local de automóveis.


*Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;"

*Extraído da Constituição brasileira de 1988.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um Suave Aroma de Passado

Vou forjar a própria morte pra tentar esquecer um pouco da vida.
Vou aquecer esses panos, trocar esses lençóis. Vou fazer de conta que nada tem me afetado.
Volto pra casa, pelas ruas, bem cedo; Paisagens - um aroma de passado e, por um estranho e rápido segundo, tudo parece estar bem. Mais uma vez estou mentindo para mim mesmo. Mas tudo bem.
Uma taça de vidro, transbordando vinho barato. Me apoio na janela do nada para apreciar o caos enquanto Belchior me diz que o passado é uma roupa que não nos serve mais... 
EU, COM OS OLHOS MAREJADOS, COMPREENDO.