segunda-feira, 25 de outubro de 2010

AS HORAS, O SONO E QUADROS BRANCOS

Não creio mais num sorriso plastificado dos dias incertos que tanto almejamos sem conhecer.
As horas são curtas, tristes e, talvez, sem esperança.
Não procurei uma felicidade de pedra que podemos somente apreciar com olhos lacrimosos seu vislumbre.
Na verdade dos dias, não cultivei falsas palavras de verão para colhê-las em qualquer primavera.
Voltei sem sono, sem mim, sem crer em lendas sobre estranhas verdades.
Um mundo vestindo o avesso transborda por meus olhos que já não sabem o que devem realmente ver.
Na parede onde descansam brandas lembranças, pendurei quadros brancos para uma história sem fim.
Estou de saída, novamente. E não quero voltar a acordar.
Na verdade, “não quero que isso aqui dentro de mim vá embora e tome outro lugar”

Parem o mundo, que eu quero descer!

dimitry uziel
26 de outubro de 2010

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