Dimitry Uziel: Dopamine #41

A SOMBRA DO CORVO

"Tragam de volta nossos poetas mortos para que façam coro com aqueles que ainda cospem seus versos imundos e dissonantes no mundo dos vivos. Vamos dar as mãos em volta da fogueira de letras e sonetos sujos, cantar a vida e suas dores, contar os mortos e nossos amores. Venham de mãos dadas com o vento, buscando o alimento de suas vidas vazias. Tragam Augusto, Álvares, Byron, Josés, Marias e Antônios. Que venham Florbela, Hilda, Flávias e Joanas. Vamos morrer em poesias e prosas, e viver de nossas linhas mal escritas."

A música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela o seu último segredo.

(Oscar Wilde)

Os fatos são como os bonecos dos ventríloquos. Sentados no joelho de um homem sábio articularão palavras de sabedoria; noutros joelhos, não dirão nada ou dirão disparates, ou comprazer-se-ão em puro diabolismo.

(Aldous Huxley)

Arte pra mim não é produto de mercado. Podem me chamar de romântico. Arte pra mim é missão, vocação e festa.

(Ariano Suassuna)

A glória é tanto mais tardia quanto mais duradoura há de ser, porque todo fruto delicioso amadurece lentamente.

(Schopenhauer)

Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente.

(Caio Fernando Abreu)

Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível.

Fixava vertigens.

Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas.

Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novos idiomas

(Arthur Rimbaud)

Entregou-se tanto ao vício da luxúria / que em sua lei tornou lícito aquilo que desse prazer, / para cancelar a censura que merecia.

(Dante Alighieri)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Dopamine #41 | Delírios

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