sexta-feira, 13 de agosto de 2010

SUTIL REBELDIA REPENTINA

Abandonei os libertinos da taverna e parti para a casa. Não queria poetar, assim como não o quero agora.
Às vezes só precisamos dizer o que pensamos para dezenas de pessoas. Geralmente essa querença me possui quando almejo um palco.

Abandonei os libertinos, as tragédias e as lacunas. Preferi a marginalidade, a falta de métrica. Padrões me irritam. Não gosto de seguir regras demasiadamente. Assim como repudio tendências banais.

Fechei as portas do paraíso abrindo as da percepção. E ninguém mais vai me acompanhar nessa estrada de fogo. Pois eu sei quem eu quero que me leve pra casa.

Abandonei os libertinos que se lamuriavam por demais, se entorpeciam demais e não me diziam nada demais.
A casa, a solidão, são elementos que me restam. Não desejei carregar esse cajado. Mas, hoje, será assim... Só hoje.
Mais um cigarro... A última música... Respiro fundo...

A essa altura, eles já estão muito mais que ébrios. E eu não podia mais continuar na presença dos libertinos da taverna. Não mais.

Às vezes só precisamos dizer o que pensamos para dezenas de pessoas. Geralmente essa querença me possui quando almejo um palco. E como eu preciso dizer o que penso.

Estou retornando para a casa. Meu reflexo preso no espelho, me aguarda. Alguma novidade há de acontecer.

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