sábado, 8 de maio de 2010

das coisas que eu não entendo

E quando tudo parece estar entrando nos eixos, o anormal consome a noite e as palavras.
Nenhuma condição de vida se compreende por completa. E, quando a fala é silêncio, a escrita toma forma, dizendo tudo aquilo que não faz sentido. E o que é real, fica por trás de um muro qualquer, na distancia dos barrancos escuros; na tortura do recife recôndito.
E quando tudo parece estar entrando nos eixos, nada é o que parece ser. E as palavras, já consumidas pelas anomalias do presente, são, agora, lacunas corroídas pelo estranho aninhado sobre meus ombros.

Sendo assim, nada é o que parece ser... nem nós.


dimitry uziel

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